Brics: economias insustentáveis
Ativistas lembram em protesto aos líderes de Brasil, Rússia, Índia e
China e ao presidente da África do Sul, que sem energia limpa e
florestas não haverá futuro.
Ativistas protestam, fantasiados de turbinas eólicas, barris
de petróleo, árvores, painéis solares e chaminés
© Greenpeace / Glaucio Dettmar
Brasília (DF) - Os policiais que guardavam a entrada do prédio do
Itamaraty em Brasília onde ocorria uma reunião entre Índia, Brasil e
África do Sul antes da cúpula dos Brics, da qual participariam, além dos
dois primeiros países, a China e a Rússia, tomaram um susto quando
abriram-se as portas de dois veículos semelhantes aos carros oficiais.
Ao invés de autoridades, dele saltaram quatro ativistas do Greenpeace,
dois fantasiados como árvores e os outros vestidos como barril de
petróleo e painel solar, para protestar contra a falta de um
comprometimento claro desses governos com um plano de desenvolvimento
limpo – fundamental para reverter, ou ao menos mitigar, os impactos do
desmatamento e das energias fósseis no clima do planeta.
A segurança agiu rápido contra os ativistas. Alguns foram jogados no
chão e tiveram suas fantasias rasgadas pelos policiais. Quatro foram
presos, mas liberados cerca de uma hora depois de levados para a 1ª
Delegacia da Asa Sul. Ao todo, oito ativistas participaram da ação, que
apesar de ter durado pouco tempo, serviu para lembrar que o encontro dos
Brics em Brasília, focado em questões econômicas e financeiras, deixou
de fora da discussão a crise do clima. Se ela não for encarada, o mundo
corre o risco de, no futuro, nem ter uma economia para ser tema de uma
discussão.
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