Aquecimento global pode deixar até metade do planeta inabitável nos próximos três séculos
Por martins • mai 14th, 2010 • Categoria: NotíciasAquecimento global pode deixar até metade do planeta inabitável nos próximos três séculos
Agência Brasil
Fonte: Mercado Ético
O aquecimento global pode deixar até metade do
planeta sem condições de ser habitado nos próximos três séculos, segundo
estudo elaborado pelas universidades de New South Wales, na Austrália, e
de Purdue, nos Estados Unidos. Para essa conclusão foram considerados
os piores cenários de modelos climáticos. As informações são da BBC
Brasil.
O estudo, publicado na última edição da revista especializada
Proceedings of the National Academy of Sciences, informa, no entanto,
que é improvável que isso ocorra ainda neste século. Mas é possível que
no século 22 várias regiões estejam sob calor intolerável para humanos e
outros mamíferos.
“Descobrimos que um aquecimento médio de 7 graus Celsius (°C) faria
com que algumas regiões ultrapassassem o limite do termômetro úmido
[equivalente à sensação do vento sobre a pele molhada], e um aquecimento
médio de 12ºC deixaria metade da população mundial em um ambiente
inabitável”, disse o pesquisador Peter Huber, da Universidade de Purdue.
Segundo os cientistas, ao calcular os riscos das emissões de gases
atuais, é necessário considerar os piores cenários, como os previstos no
estudo. Ao mencionar um aquecimento médio de 12ºC, Huber disse que isso
significaria até 35ºC no chamado termômetro úmido nas regiões mais
quentes do planeta.
Atualmente, segundo o estudo, as temperaturas mais altas nessa medida
nunca ultrapassam 30ºC. A partir de 35ºC no termômetro úmido, o corpo
humano só suportaria algumas horas antes de entrar em hipertermia
(sobreaquecimento).
Huber comparou a escolha a um jogo de roleta-russa, em que “às vezes o
risco é alto demais, mesmo se existe apenas uma pequena chance de
perder”. O estudo também ressalta que o calor já é uma das principais
causas de morte por fenômenos naturais e que muitos acreditam,
erroneamente, que a humanidade pode simplesmente se adaptar a
temperaturas mais altas.
“Mas, quando se mede em termos de picos de estresse incluindo
umidade, isso se torna falso”, afirmou o professor Steven Sherwood, da
Universidade de New South Wales.
Calcula-se que um aumento de apenas 4ºC medido por um termômetro
úmido já levaria metade da população mundial a enfrentar um calor
equivalente a máximas registradas em poucos locais atualmente
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