Banco mundial libera verba para preservação do Cerrado.
O
Fundo Mundial para o Meio Ambiente, gerido e coordenado pelo Banco
Mundial, vai liberar US$ 3 milhões para o projeto Cerrado Sustentável
Goiás. Depois de 10 anos de negociação, o Estado recebeu, no início
deste ano, a primeira parcela, no valor de US$ 600 mil.
Agora, o
Núcleo de Projetos Especiais da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos se encarrega da gestão da verba na tentativa de corresponder a
três diretrizes iniciais: executar estudos técnicos para criação de
unidades de preservação; elaborar planos de manejo de unidades de
preservação já existentes e criar mercado de artigos ambientais.
Goiás
tem três anos para colocar em prática o projeto de preservação do
bioma Cerrado, obedecendo as condições estabelecidas pelo Banco Mundial.
Uma delas é que para cada US$ 1 liberado pelo Fundo, Goiás tem de
investir no mesmo projeto três vezes mais, durante o período de
execução. Portanto, os cofres do Estado vão ter de arcar com US$ 9
milhões, colocados em iniciativas que celebrem a conservação da
natureza.
A área selecionada fica no corredor
Paranã-Pirineus, que sai do município de Flores, no Nordeste de Goiás,
passando pelo Entorno de Brasília até chegar na Serra dos Pirineus. Esta
é a localidade mais preservada do Estado e a intenção é mantê-la
intacta frente à ameaça de ações depredadoras. O corredor passa,
inclusive, pela lateral da Chapada dos Veadeiros.
O dinheiro
do Fundo Mundial para o Meio Ambiente não é um empréstimo, mas uma
doação para incentivar e aprimorar medidas externas de preservação da
biodiversidade. A coordenadora do núcleo de Projetos Especiais da
Semarh, Denise Daleva, calcula que 50% serão destinados às unidades de
conservação, parques e Áreas de Preservação Ambiental.
Novos
parques serão criados, e os que já existem devem aumentar em área. A
outra metade, diz, vai ser usada em ações de conservação e criação de
instrumentos econômicos para auxiliar no resguardo da fauna e flora do
Cerrado.
Fonte: AGECOM
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