Alunos bolivianos pagam para não apanhar em escola estadual de SP
DE SÃO PAULO

Alunos imigrantes da escola estadual Padre Anchieta, no Brás (região
central de São Paulo), pagam "pedágio" aos brasileiros para não apanhar
fora da unidade. A informação é da reportagem de
Raphael Marchiori publicada na edição desta terça-feira da
Folha (
íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).
Moacyr Lopes Junior/Folhapress |
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Movimentação de alunos em escola onde há registro de extorsões de alunos brasileiros contra estudantes bolivianos |
Para se sentirem seguros, os estrangeiros, principalmente bolivianos,
pagam lanches na cantina ou dão aos brasileiros o que têm nos bolsos,
mesmo que seja R$ 1. "Caso contrário, apanham do lado de fora da
escola", diz Mário Roberto Queiroz, 49, professor de história e mediador
--função criada pela Secretaria da Educação para trabalhar junto à
comunidade escolar questões como atos de vandalismo, discriminação e
violência.
A compra da "segurança" foi revelada à
Folha por alunos e
docentes. A própria direção da unidade confirma. Um aluno e um ex-aluno
da escola, ambos de 16 anos, afirmam que os casos ocorrem pelo menos
desde 2008. "Eles pedem R$ 1 ou R$ 2. Entreguei três vezes. Na quarta,
apanhei", conta um deles, que está há 14 anos no Brasil.
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