EDUCAR É DAR LIMITES
Está provocando
debates nos Estados Unidos o livro escrito pela professora de Direito da Universidade de
Yale Amy Chua, de origem asiática,
que relata sem subterfúgios os métodos disciplinares rigorosos
e extremados por ela utilizados na educação de suas duas filhas. O volume de memórias intitulado Battle
Hymn of the Tiger Mother (Hino de Batalha
da Mãe Tigre) ainda não foi lançado no Brasil, mas alguns
conteúdos antecipados pelo caderno Donna do último domingo merecem reflexão por parte das famílias
brasileiras. Aqui, como nos Estados Unidos
e na maioria das sociedades ocidentais, a educação dos filhos tornou-se um verdadeiro dilema para
pais e mães - invariavelmente hesitantes
entre os extremos da repressão castradora e da permissividade total. Evidentemente, o assunto é mais
complexo, mas não é raro que a insegurança
de alguns pais propicie espaço para a existência de jovens individualistas, arrogantes e
desajustados. Basta consultar professores de
qualquer nível de ensino no país para que se tenha uma ideia da dimensão do problema.
É nas escolas que
os acertos e erros da educação familiar mais se evidenciam, pois as crianças e
adolescentes passam a conviver com desconhecidos
e a se submeter a regras coletivas. Amy Chua exigiu das filhas aplicação total aos estudos,
notas 10 como as únicas aceitáveis e nenhuma
margem para festas e visitas às amigas. Fez mais: obrigou-as, ainda meninas, a aprender a tocar um
instrumento musical de certa complexidade
(piano ou violino). Num dos episódios relatados no livro, a filha caçula, então com sete anos, não
conseguia tocar uma peça ao piano,
depois de ter ensaiado com a mãe por uma semana, e quis desistir. A mãe acusou-a de preguiçosa, ameaçou
deixá-la sem almoço e sem festa de aniversário
e inclusive de doar suas bonecas favoritas, até que a menina executou a tarefa. O que para muitos
parece uma tortura, para a mãe foi apenas
uma forma de mostrar que esforço e persistência dão resultado.
Muitos leitores
do livro estão protestando, horrorizados com os métodos empregados pela mãe para impor
disciplina às filhas. Outros, porém, elogiam
sua determinação e dizem que gostariam de ter tido pais assim. As meninas, atualmente com 18 e 15
anos, são bem-sucedidas nos estudos e defendem
os procedimentos da mãe. Especialistas, porém, acham que a cobrança demasiada não ajuda na boa
educação, mas reconhecem que a imposição
de limites é essencial.
O grande mérito
do livro da mãe-tigre é colocar em pauta um tema que pais e educadores nem sempre enfrentam
com coragem e seriedade. Quanto a seguir
sua orientação, ou contrariá-la, cabe a cada família, pois a educação das crianças é direito e
dever dos pais. Porém, não pode haver dúvida
de que o propósito a ser alcançado é a felicidade dos jovens. E o melhor caminho para se atingir este
objetivo pode ser resumido em dois princípios
que não são contraditórios: amar de verdade e fixar limites. É responsabilidade intransferível dos
pais a fixação de limites para o
comportamento dos filhos, mas também esta ação tem os seus próprios limites. Educação não é repressão, mas
também não é permissão para tudo. O
ponto de equilíbrio é que tem o poder de transformar crianças em adultos felizes e solidários.
Não pode haver
dúvida de que o propósito a ser alcançado é a felicidade dos jovens. E o melhor caminho para se
atingir este objetivo pode ser resumido
em dois princípios que não são contraditórios: amar de verdade e fixar limites.
Jornal Zero Hora, editorial da edição de 13 de fevereiro de 2011
MEIO AMBIENTE , AÇÕES TRANSFORMADORAS Nossas inquietações são com a ausência de ações comprometidas, o meio ambiente é banalizado. Deixe para nós a sua ação transformadora, o que voce tem feito pela sua casa. Nosso blog tem como objetivo, a busca da sensibilização do homem, para suas atitudes em relação ao planeta terra. Que ele se veja natureza e não se distancie,como vem fazendo durante anos.
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